ICCA e CMS lançam campanha para sensibilizar turistas a terem mais cuidado com menores na pedonal de Santa Maria

Entretanto, os sinais são vandalizados poucas horas após a sua instalação.

Um milhão de turistas em 2023: este é o número recorde que Cabo Verde atingiu no ano passado. Sinais positivos com perspectivas de maior crescimento nos próximos anos, prevendo-se 1.300.000 até 2030. Com o aumento do fluxo turístico, para que este seja uma mais-valia para a população local, o ICCA, o “Instituto Caboverdiano da Criança e do Adolescente” e a Câmara Municipal do Sal instalaram há poucos dias algumas placas de sinalização com indicações claras e inequívocas: não alimentar, não fotografar e sobretudo não dar dinheiro a menores.

O nosso jornal já relatou casos de abandono escolar ligados aos efeitos negativos do que parece ser um gesto nobre para um turista, contando como, nos corredores da CEMAM (Complexo Educativo Manoel Antonio Martins de Santa Maria), o mito circulou rapidamente entre os mais miúdos: “se fores à rua pedonal, fizeres uma cara triste e ofereceres a tua mão, encontrarás certamente um turista que te dará um (ou mais) euros“.

Os cartazes, que foram criados graças ao apoio financeiro da Associação Nu Bai (que há anos fornece material escolar às famílias mais carenciadas) e impressos gratuitamente pela empresa FABRIKA, já foram, no entanto, danificados, como explica a própria associação:

“Esta é a prova de quanto uma campanha como esta pode irritar aqueles que fizeram um negócio da exploração infantil. Não vamos parar, vamos continuar a defender e proteger os direitos dos menores. A partir de amanhã faremos tudo de novo.” escrevem na sua página do facebook.

O turismoSAB.cv continuará a acompanhar a evolução deste assunto, ouvindo também as vozes dos promotores ICCA e CMS (que tentámos contactar por telefone, mas sem sucesso à data da publicação deste artigo).

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